sábado, 4 de setembro de 2010

Guardando...

Hoje, eu te guardo nessa caixa, com todo amor e carinho. Isso não é um adeus nem nunca será. Só o fato de você estar bem, me conforta, menos do que eu gostaria, mas ainda assim me conforta. Como explicar? Nunca vou saber. Há milhares de coisas sobre você, que simplesmente me escapam da racionalidade da explicação, sentir simplesmente é o bastante. E eu ainda sinto. Um dia, eu vou abrir a caixa...pode ser hoje, amanhã, semana que vem, daqui há um ano, não sei. Enquanto isso, vivemos. Porque dizia Clarice Lispector: " Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de". Talvez um dia essa ausência cesse, ou talvez seja o modo de te sentir presente. " Para quem ama, não será a ausência a mais certa, a mais eficaz, a mais intensa, a mais indestrutível, a mais fiel das presenças?" Proust.
Talvez seja. Construo tudo nas incertezas...incertezas de um futuro desconhecido. E um presente repleto de amigos. Enquanto o tempo passa, eu me preparo para o que vida ainda tem a oferecer, do meu jeito, sem pressa, sem medo, porque sempre foi assim, no meu tempo e assim sempre vai ser. Então, Jeff: Só basta acreditar! Porque quando a gente acredita, em algum plano misterioso as coisas acontecem. Algumas coisas hoje são verdade porque alguém sonhou e acreditou, assim como nos sonhamos que as aulas do Camilo nos levarão, um dia talvez, a algum lugar. Eu acredito nas incertezas, nas surpresas, que acontecem e são tão sutis, que as vezes nem percebemos a sua presença. Trabalhamos a percepção constantemente e ainda assim nos descobrimos cegos. Gandhi dizia que tudo que fizermos na vida será insignificante, mas precisamos fazer, porque senão fizermos, ninguém fará. Eu faço do meu jeito, com a minha personalidade, e isso não é orgulho, tem uma única pessoa no mundo pra quem eu entregaria o meu coração e todo o resto sem medo, isso não é orgulho, não é medo, é saber que muitas vezes na vida, as coisas não dependem da nossa vontade, não giram em torno de nós. E nesse momento eu sigo minha rotação, quando aparecer algo que mereça a minha atenção. Juro que eu vou parar e ficar atenta...porque nunca sabemos quando tudo pode acabar ou simplesmente entrar temporariamente numa caixa.