sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ah, tempo! Por que toda essa pirraça?

Sabe eu comecei a questionar se a ideia do tempo é mesmo curar ou nos sacanear, ele nunca passa do jeito que queremos que ele passe, e dificilmente é usado como queremos, fazemos planos, ele muda o curso e nos mostra que não mandamos em nada, planejamos pra ficar com essa sensação idiota de que temos o controle sobre as coisas, doce ilusão. Batemos em teclas travadas, batemos a cabeça em portas fechadas, e pra quê? Tudo acaba sendo do jeito que uma força qualquer quer, ás vezes me pergunto se a realidade seria muito assustadora se tudo acontecesse como eu planejei? Por que no fim, depois de bater a cabeça tantas vezes, quando realmente paramos e sentimos o alívio, sabemos o porquê tudo, pensamos realmente não podia ter acontecido de forma melhor. Mas, o problema é se abandonar a toda essa compreensão, compreensão essa que necessita de tempo, um tempo que quando você quer que ele corra desenfreado, ele simplesmente pára sorri e diz tudo ao seu tempo, isso geralmente acontece quando você quer desesperadamente voltar pra casa, onde o afeto é certo, e é mais fácil chegar o natal do que as férias, ainda não sei bem lidar com toda essa pirraça. Sei que quando eu descubro o motivo dela, tudo ganha novo sabor. Acho que o tempo nos provoca, a continuar, a buscar uma resposta, mesmo que ela não exista, só pelo fato de continuar acho que o aprendizado é contínuo e quando demorado, acho que é o tipo de aprendizado, que não esquecemos nunca, que nos marca e nos muda, retornar ao que era antes, se torna algo impossível, impensável.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O mundo gira...


O mundo gira gira e gira, eu simplesmente, apesar de tudo o que eu vivi e já aprendi, ainda me surpreendo com o rumo das coisas...e com o que eu julgava certo ou errado, simplesmente gira gira gira e gira e eu ainda não sei onde isso vai dar, acho que nenhum erro é em vão e que não foi sem motivo que tudo aconteceu...pois que venha o próximo giro, vou tentar não me sentir tão decepcionada da próxima vez!!!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Buscar sempre...


Eu confesso, matei muitas pessoas dentro de mim, por pura auto defesa. Quero me jogar num precipício sem perguntar o que vai ser depois, mas não sou insana o suficiente, pra me atirar a qualquer história, a vida me ensinou a ser cautelosa as custas de duras cicatrizes, mas não me arrependo de nenhuma...fazem parte de mim. Eu caio, eu fracasso, eu choro, eu sinto e mesmo as cicatrizes mais antigas ainda me doem, foi a base de muitas lágrimas que executei algumas mortes dentro de mim, parte de mim foi embora com elas, outras cresceram apesar delas. O princípio de tudo é o conflito, sem a crise, não criamos e não partimos para um momento de repouso, Hamlet já questionava, melhor sentir as dores na alma, ou empunhar armas e lutar contra essa angústia, a covardia, passa pela nossa vida, a falta de lealdade passa pela nossa vida, mas as pessoas que são a excessão nos marcam eternamente, ainda tenho os momentos que eu vivi com elas na minha carne, na minha essência. Confesso que sou louca, passional, que estranhamente tento seguir minhas emoções guiada pela minha razão, a vida está ai, e eu não quero ser mais uma a passar sonâmbula por ela, eu quero, eu quero muito mais. Eu quero amar apaixonadamente, um companheiro que me complemente, não que me complete, é utopia se buscar em outra pessoa, só nos encontramos em nós mesmos, e as vezes demoramos tempo demais pra descobrir isso. Tudo que você precisa está dentro de você, claro que tudo é melhor com complementos, ai fazemos uma colagem das melhores pessoas que encontramos na vida, as que fazem a diferença. Quero complementar a vida de alguém, fortalecer, mas não uma dependência doentia, mas um companheirismo sereno, uma presença certa, um ombro, um solo quando esse parece não mais existir. Eu quero o palco, a completude sem nome, o êxtase, eu quero o tudo e o nada ao mesmo tempo, tenho pensamentos errados, certos, cansada do politicamente correto, do totalmente moderno, cansada dos rótulos, das embalagens que tentam nos encaixar. Pra que se encaixar se você pode sobressair? Pra se fechar se anestesiar, se você pode sentir? A dor ensina, nos lembra o que importante, o que esquecemos, não dá pra flutuar a vida inteira, primeiro se descobre o solo, pra depois poder voar...descubro meu solo constantemente. Eterna busca, eterna aprendiz. Porque já dizia Barba:" estamos aqui para aprender a aprender". Você tá pronto pro desconhecido, o conhecido então confortável que te impede de dar o próximo passo?