sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010!!!


2010 chegou cheio de promessas e incertezas, com essas incertezas nasceu o meu blog...um pouco esquecido durante o ano, mas com tanta coisa para fazer é difícil arranjar tempo e inspiração e de preferência os dois ao mesmo tempo. Janeiro foi uma grande angústia, angústia do que seria a vida em Londrina, a vida distante da família e o fim do primeiro pra sempre em que eu realmente acreditei, foi difícil me refazer dessa perda.
Fevereiro foi aquela agonia, quero que comece logo, mas tenho medo muito medo, um medo quase paralizante. Março enfim começa, a correria por uma hospedagem, conhecer a dona Rosa, Isabel, e o menino quase mudo eu diria, que sentava no sofá e mal falava, me sentia uma tagarela perto dele, uma tagarela que fala só pra preencher o tempo, e ele só silêncio. Me intrigava imaginar que ele faria Artes Cênicas comigo, será mesmo? Não só faz, como me surpreende a cada dia, sua criatividade, e sua vontade de trabalhar, seus horários estranhos, suas piadas pornográficas, o silêncio era uma faixada, que encobre uma pessoa linda e doce, divertida, que merece ser descoberta, cuidadoso, atencioso, não podia achar um colega de apartamento melhor, mas isso pertence a outra parte da retrospectiva. Em março veio o trote, ainda lembro de todos aqueles estranhos desfilando, e eu ali sem nem imaginar o seria da gente. Conheci também o Giovanni a criança grande e apaixonante que é, tem uma áurea pura e ilumina com seu jeito consumista, amo essa pessoa que quase incendiou a casa!! Teve também o meu batizado e ganhei uma madrinha linda Kátia Maffi. Ah! Nesse mês eu tive a aparição de alguém que dizia: Eu sou de Ibitinga, mas pra frente eu falo mais sobre ele. Março trouxe também minha maior surpresa...como seria meu aniversário longe de casa? Como explicar a vela acesa a meia noite, por quem? Lucas é claro, quem mais?! Foi assim que o dia começo, um sermão básico da Ceres, pra nos colocar de vez nesse mundo cênicas, que eu não quero sair mais! Com esse mês veio também o Carlos, um anjo grande, com quem era fácil conviver, natural e fluído. E ele tornou o dia do meu aniversário o que foi, me trazendo uma almofada de lavanda pra me tornar mais calma! Foram muitos scraps, depoimentos, telefonemas, um buquê de rosas vermelhas lindas, enviados pela minha mãe. Quando eu achei que o dia estava perfeito e quase no fim, chego na hospedagem e ganho a minha primeira festa surpresa, não preciso mencionar que foi emocionante.
Em abril, eu entrei oficialmente para o projeto da Ceres, eu e o Carlos, recebi a notícia quando eu estava na fila do Mc' Donalds tentando pegar um sorvete, liguei para o Carlos e contei super empolgada! Estávamos adentrando ao mundo de Klauss Vianna. Nesse mês também voltei pra casa e descobri que minha mãe tinha feito o bolo, que eu tenho como meu. Acho que foi ai que descobri que não importa quão longe eu esteja, sempre terei minha família e isso não mudará, acho até que meu pai se preocupa mais comigo e aprendeu a me abraçar, e isso é um marco pro ano. É difícil deixar a casa da gente, mas descobri milhares de coisas dando esse passo. Acho que mais ou menos por esse mês eu me perguntava o que realmente era a aula do Camilo?
Em maio, veio o aniversário da minha mãe, a visita dela, que tirando a batida de carro, foi realmente muito boa! Com direito a massagem, a descoberta da Zona do Aroma, e waffle com calda de chocolate e sorvete de morango, a despedida sempre dói.
Em junho, veio o tão famoso FILO. Com ele veio A tempestade, muito boa, encenada de forma diferente e divertida e totalmente criativa. Ziya Azazi com o Dervish, me emocionou de um modo que eu ainda não consigo explicar! Foram muitos os espetáculos, muita a correria, muitas palestras, umas maravilhosas, outras nem tanto, não é Lucas? Foi nesse mês que eu e o Carlos começamos a quebrar, não sei bem em que momento foi, só sei que a presença que era tão natural se esgotou de forma que eu não consegui regastar, e quem me conhece sabe, eu não sei fingir!
Julho me trouxe de volta pra casa, e sair a noite na Ilha, me fez ver o que eu havia construído em Londrina em apenas seis meses, as pessoas me valorizavam mais do que as que me conheciam há seis anos, isso doeu e deu alívio ao mesmo tempo, o mundo que tanto me assustava, era o que mais me acolhia.
Em Agosto eu ganhei uma amante! Bia Gatinha, você é tão minha! Tá a rima é péssima, mas a pessoa maravilhosa! A primeira vista, Oh!!! Ela encenou Antígona ( que diga-se de passagem eu nem sabia quem era, e hoje eu já li três versões) quando criança!! Seria a estrelinha da turma?! Muito pelo contrário é uma pessoa linda, com as mesmas incertezas que eu. Humilde, amiga e sempre presente. Acho que ela fez um bom negócio fugindo comigo para Amesterdã, né cenourinha? huahuahuhauhu...
Em setembro, tive a minha maior surpresa...Carlos desiste do curso e decide voltar pra casa, algo que eu sinceramente, não acreditava que aconteceria, apesar de estarmos distante, me bateu forte, mas me fiz de forte como boa orgulhosa que sou. Ainda é estranho ver as fotos do curso, ver o Carlos presente e saber que ele está ausente. Nesse mês eu passei uma semaninha em casa, para recarregar as baterias...e continuei devendo uma visita para o Arlindo.
Em outubro, veio toda agitação e preparação para o Metamorfose, fantasias e maquiagens by Jeff Mendes...seria o senhor Ibitinga? Oh?! Ele mesmo, pessoa um tanto maldosa em alguns comentários, mas tem um coração imenso, uma bondade tangível e a capacidade de encher a vida das pessoas de magia. Tudo bem, Jeff! Eu não deveria beijar nos primeiros 10 minutos de festa e estragar o trabalho que você teve com a minha maquiagem, mas o que eu poderia fazer? hauhuahuahuhauhua... Você sabe que eu te amo e não fiz de propósito, foi mais forte do que eu. A casa ficou uma grande bagunça, e o metamorfose começou no meu apartamento, três táxis, um pouco de trânsito e todo mundo na festa. Desde de Lady Gaga, Vitor Valentim até o Chapeleiro Maluco, que fez um grande sucesso e tirou muitas fotos. Nesse mês eu aprendi, que de uma simples frase como: Posso te dar um beijo? Pode vir muito mais coisas, coisas muitos boas eu diria.
Novembro, foi louco, corrido, apertado...o que mais eu diria Rakubica? O que dizer de um dia muito prazeroso, com macarrão, Ramon, Beatriz, uma aula não dada do Tio Camilo, saquê, cerveja e New York...O que dizer desse dia regado a Cazuza, onde Deus estava presente em nós. O que dizer da amante que eu sempre posso contar. Do Ramon que é tão meu, mesmo com toda a sua indecisão, é uma pessoa linda, e me fala as coisas que eu tenho que eu ouvir os tapas na cara que eu mereço levar. Gabi Kurita= Japa safada? Eu diria super animada, super presente, é capaz de encher o ambiente de alegria e de álcool. Foi o mês em que o lindo do Berto, fez algumas visitas, ao nosso lar doce lar...não é mesmo?! Animação é com ele...amigo presente, simplificando sempre as coisas que eu complico. Um conhecedor da minha panqueca. Finzinho de novembro Tutu contribuiu lindamente para o nossa cena e fizemos um lindo piquinique no front. Tutu é uma pessoa doce, um sonho de Deus, sempre pronto para ser útil. Estou perplexa...estava esquecendo de Isabela, linda Bela que fala por si só...tem seu jeito perculiar, de quem é introvertida, mas nos trás sempre muito divertimento.
Dezembro, cena de psicologia só pra fechar, amigo secreto, churrasco pra comemorar...churrasco com a nata eu diria, Paula linda, que teve uma presença mas sutil na minha vida, mas nunca apagada!!! Porpis bobo, o menino que os olhos sempre sorriem! Uma aula linda...Quem me chamo?... uma professora humilde que afirma que se o ano foi intenso e maravilhoso, foi porquê o fizemos assim.
Foi tanta coisa para um ano tão pequeno...coisas que eu não lembro a ordem direito, a briga com a Isabel, a correria por um fiador, a visita a casa do Lucas, que não é à toa que é uma pessoa linda, tem uma família linda, que me acolheu e tem uma preocupação comigo, que eu não consigo colocar em palavras...Margarida, Antônio, Obrigada! A vez que eu tive que povoar a casa porque os moradores simplesmente haviam debandado. Levei Isa e Cami para casa, antes tivemos um cachorro quente divertido...Porpis, Isa, Tutu, Cami, Obrigada por não me deixar enlouquecer de solidão! O poker, que não teve muito poker, que foi uma noite que começo as 19 horas e acabou no dia seguinte às 11 da manhã no café do feirante, Caíque se lá em cima eu não falei de você minhas sinceras desculpas, te adoro, adoro a proteção que você tem comigo, você é puro e isso reflete esse é o seu carisma, eterno Alien pra mim, te adoro de verdade, te desejo tudo de muito bom, porque você merece. Cami e Tata nossas eternas visitantes, adoro poder desabafar com vocês, lindas!!! Gio fazer compras com você é cansativo, mas te amo muito, desejo muito que você volte para casa. Adriano minha dupla, muito obrigada, pela apresentação de C.I. e pela atenção no dia em que eu cai.
Muito difícil colocar um ano inteiro de pessoas que amo, em um post, amei fazer o trabalho de expressão sonora num bar, amei que trabalho tenha sido sobre o Cazuza, amei ter conhecido e ter aula com a Fátima, pessoa inebriante.
Esse ano foi tudo que eu nunca iria imaginar, descobri o meu corpo, estudo o que me interessa, vivo ao lado de pessoas que me embriagam nessa nuvem de animação, que só eles são capazes de me dar... Ao fim deste ano cruzo os dedos para que as minhas previsões se realizem, mas o que não estiver previsto também é muito bem vindo...porque todo o meu 2010 não foi previsto. O que aprendi com esse ano? Aprendi que suficiente é pouco. Eu sempre vou querer mais, e se eu tiver que sofrer em busca desse mais, sofro sem medo e de peito aberto. E como diríamos todos em Cênicas: Vem comigo 2011!!!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Never stop!!!

Incrível como por mais que pensemos que não, tudo sempre recomeça. Quando a gente menos espera, quando achamos que a mudança não surgirá, acontece de forma tão sutil,como num lanche feito por um amigo loiro maravilhoso, antes que eu me esqueça Ramon você é tão meu. Numa gravação de trabalho no Jacó. Porque antes apesar de tudo, tinham dias que eu ainda andava no escuro, segurando com força algo que já se foi a muito tempo e como custou aceitar essa perda, hoje já nem tenho mais certeza se foi uma perda, tinha terminado antes mesmo de acabar. Mas o tempo passa e conhecemos pessoas capazes de iluminar o nosso caminho e a nossa alma. Me fazendo sentir novamente coisas que eu não sei explicar.
Porque o que nos anima é ouvir: vamos beber para esquecer aquilo que a gente não consegue lembrar, não preciso falar mais nada né?! Sentar numa mesa de bar e cantar com os amigos pra espantar os medos, os perigos e ficar de bobeira quando se tem muita coisa pra fazer, e sair do chão com um olhar e um sorriso, rir da embriaguez alheia, acordar e ir almoçar com o pessoal sem ter que cozinhar, e continuar um dia preguiçoso ouvindo Legião.
Uma das maiores dádivas que carregamos, é fato de conseguir recomeçar apesar das tragédias que aconteceram no caminho, então eu estou com você Berto guardar as más lembranças pra que? Se não me faz bem, não me serve pra nada.
As vezes temos algo nas mãos que achamos que é tão bom e nos recusamos a largar, cegos de todas as possibilidades que passam quase que colidindo em nós. Mas como já dizia Cazuza deve ser porque temos dificuldades de aceitar o que é bom pra gente. Porque nos dá um medo filho da puta, de ser feliz, de amar, de ser bom, de se arriscar e errar. E porque a gente encontra um prazer quase louco em remoer dores passadas.
E no momento eu simplesmente estou esquecendo que a efemeridade existe, estou partindo e correndo sem olhar para trás e não eu não vou parar.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Se jogaaa!!!!!


Apesar de muito tempo sem postar, eu estou viva...e me jogando muito mais, eu sempre parou pra pensar e analisar se devo, mas acho que esse foi o ano dos riscos.
Mas ao longo dos dias eu fui percebendo que se temos pra quem correr quando tudo dá errado, fica mais fácil pular sem olhar para atrás. Quando temos pessoas que sabemos que podemos confiar, aquele grupo de pessoas que você sai pra beber e falar besteira, porque não dá pra ser sério todo o tempo, as vezes é a futilidade que nos salva, que nos faz mais feliz.
A seriedade pode ser cansativa e estressante, brincar é condição essencial pra ser mais saudável. E assim de brincadeira em brincadeira vamos eliminando cada vez mais os desafios que vão surgindo a nossa frente, e no fim sempre o que vai importar mais não o que temos na vida, mas quem temos na vida.
Arriscando nós abrimos horizontes e possibilidades, conhecemos pessoas fantásticas, outras nem tanto, mas o fato é que a escolha de quem fica na nossa vida é somente nossa. E não importa se o que estamos vivendo vai acabar daqui cinco minutos, ou daqui três meses ou daqui três anos. O fato de sabermos que uma música sempre chega ao fim, não quer dizer que não possamos curtí-la.
Tudo passa e tudo muda, mas isso não é necessariamente ruim, vemos as coisas do modo como queremos, somos os escultores da nossa história, não podemos controlar o que vai nos acontecer, mas podemos optar se vamos nos colocar como as vítimas da situação ou se é mais um obstáculo a ser superado.
Quando encontramos em nós a beleza que procuramos, a boa compania que insistimos em procurar nos outros. Nos tornamos melhores para nós mesmos, e estar bem com você mesmo umas das coisas mais atraentes e mais sexy que têm. Refletimos aos outros a imagem que está no espelho da gente.
O futuro é duvidoso, provavelmente cheio de dor...mas se não nos jogarmos, vamos deixar de aproveitar, de viver, não vamos ter criatividade numa noite de bar, não vamos beber e criar pérolas e piadas internas, retardadas que só tem graça pra um número bem limitado de pessoas, não vamos amar, não vamos viver, a vida vai ficando limitada, pequenininha, capaz de caber numa caixinha de fósforos.
E eu não to me limitando, é claro que esse post foi inspirado no Rakubica, porque esse dia vai sempre ficar marcado pra mim, porque qualquer lugar poderia ser o melhor lugar do mundo na presença de vocês, porque vocês me inspiram, e por você eu estou me jogando e espero que você façam o mesmo. Nada de faça o que eu digo não faça ou que faço. Além de bons conselheiros eu quero bons passarinhos que não se importem de sair voando por ai...ou que se deixem levar pelas ondas ou pelo vento, porque na volta, pode ter certeza que eu sempre vou estar aqui por vocês!!!

sábado, 4 de setembro de 2010

Guardando...

Hoje, eu te guardo nessa caixa, com todo amor e carinho. Isso não é um adeus nem nunca será. Só o fato de você estar bem, me conforta, menos do que eu gostaria, mas ainda assim me conforta. Como explicar? Nunca vou saber. Há milhares de coisas sobre você, que simplesmente me escapam da racionalidade da explicação, sentir simplesmente é o bastante. E eu ainda sinto. Um dia, eu vou abrir a caixa...pode ser hoje, amanhã, semana que vem, daqui há um ano, não sei. Enquanto isso, vivemos. Porque dizia Clarice Lispector: " Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de". Talvez um dia essa ausência cesse, ou talvez seja o modo de te sentir presente. " Para quem ama, não será a ausência a mais certa, a mais eficaz, a mais intensa, a mais indestrutível, a mais fiel das presenças?" Proust.
Talvez seja. Construo tudo nas incertezas...incertezas de um futuro desconhecido. E um presente repleto de amigos. Enquanto o tempo passa, eu me preparo para o que vida ainda tem a oferecer, do meu jeito, sem pressa, sem medo, porque sempre foi assim, no meu tempo e assim sempre vai ser. Então, Jeff: Só basta acreditar! Porque quando a gente acredita, em algum plano misterioso as coisas acontecem. Algumas coisas hoje são verdade porque alguém sonhou e acreditou, assim como nos sonhamos que as aulas do Camilo nos levarão, um dia talvez, a algum lugar. Eu acredito nas incertezas, nas surpresas, que acontecem e são tão sutis, que as vezes nem percebemos a sua presença. Trabalhamos a percepção constantemente e ainda assim nos descobrimos cegos. Gandhi dizia que tudo que fizermos na vida será insignificante, mas precisamos fazer, porque senão fizermos, ninguém fará. Eu faço do meu jeito, com a minha personalidade, e isso não é orgulho, tem uma única pessoa no mundo pra quem eu entregaria o meu coração e todo o resto sem medo, isso não é orgulho, não é medo, é saber que muitas vezes na vida, as coisas não dependem da nossa vontade, não giram em torno de nós. E nesse momento eu sigo minha rotação, quando aparecer algo que mereça a minha atenção. Juro que eu vou parar e ficar atenta...porque nunca sabemos quando tudo pode acabar ou simplesmente entrar temporariamente numa caixa.

domingo, 22 de agosto de 2010

Parar e escutar...

Suspensa em meio ao tédio. Esperando descobrir um pouco mais sobre mim. Me fechando aos poquinhos, nessa auto descoberta solitária, sinto a necessidade de estar só, como se somente assim eu pudesse colocar as ideias no lugar.
Entender os meus complexos, que só trocam de pessoas mais são sempre os mesmos. Estou parando para escutar o que o meu corpo tem a me dizer. Como se parar para conversar comigo, fosse um necessidade que o meu corpo pedisse, e como um combustível pra continuar...

sábado, 31 de julho de 2010

De qualquer jeito passa...


O tempo passa. Conheço pessoas, me conheço melhor e ao mesmo tempo em que tudo muda nada muda. Eu ainda não sei se o que aconteceu era realmente verdade, se em algum momento você teve a inteção de me enganar ou me magoar. Tudo era muito simples com você, e pra mim era muito difícil não confiar em você, você me inspirava tanta confiança que as vezes me assustava. O que eu sentia por você sempre me assustou, me assustava pensar como tudo seria depois de Londrina, mas hoje já nem é mais, o tempo passou, muitas coisas na minha vida mudaram, mas a sua história continua presente como se nem fizesse parte de um passado recente, mas sim do meu presente. Eu já não tento mais entender o porquê de tudo, como de repente você se afastou e todos os nossos planos mudaram, até hoje eu não sei em qual ponto tudo isso aconteceu, e ainda dói quando eu tento pensar, dói qual eu lembro, lembro de todo o nosso potencial pra estar junto e de tudo que eu sempre admirei em você, como ainda me irrita se eu vejo alguém falando mal de você. Estranho, né?! Mesmo depois de saber que ao contrário de mim, você continuo. E pra você passou mais rápido do que pra mim. Mas eu não posso aceitar que era mentira, pra mim não foi mentira. Será que toda essa cegueira é amor?? Eu não sei. Só sei que eu me encho e mantenho por perto as melhores pessoas, me encho de aprendizado ou de vazio, pra não sentir. Pra não sentir a sua falta, que mínima ou sutil se faz presente sempre. Assim o tempo vai passar, devagar ou dolorido, mas passa. Esquecer eu não acho que seja possível e nem sei bem o motivo. Dói mais passa. Enquanto isso eu me preencho...e continuo. Não importa como, um dia quem sabe isso tudo fique mais cômodo e mais no passado. Eu não sei, dessa vez parece diferente de outras dores de cotovelo. Preencho-me de vazio de qualquer coisa que seja, uma hora isso passa...porque de um jeito ou de outro já se passaram 5 meses, e somente vai continuar passando.

sábado, 17 de julho de 2010

Segunda família...

Ontem foi a primeira vez em que me dei conta da família que eu construí, nesse último semestre, todos chegaram de massinho e foram ficando sem mais demora, ontem eu percebi o que eles representam pra mim. E é com o apoio deles que eu consigo ficar tanto tempo longe de casa. Lá eu encontrei dois irmãos...um superprotetor, que quando me dá um nó na garganta, só o abraço dele silencioso, que ele não sei como sabe que é o que eu preciso, as vezes abraçando ele o mundo fica mais confortável, dependendo do dia, somente mais suportável. O outro é diferente de mim em alguns aspectos e muito parecido em outros, me faz ter consciência dos meus defeitos, e está pronto pra me ouvir onde quer que eu esteja. Dois irmãos com corações enormes, acho que mal posso imaginar o tamanho deles. Conheci também uma legião de primos, alguns que as vezes me irritam, mas sabe como é família né? Um que apesar do tamanho eu sempre vou querer proteger, duas em especial que me divertem sempre, principalmente com uns filmes gravados na Capela da Uel huahuhuahuahu...me divertem e me ouvem também...conversar com elas pode ser revigorante, revitalizador. Tem também um primo sábio, que torna um almoço no RU numa das conversas mais agradáveis e com uma sintonia única, ele simplesmente entende as minhas colocações, como se os nossos pensamentos batessem com grande frequência. Tem outras duas super divertidas que me acham fofa pelo meu tamanho e sempre sempre estão prontas pra me abraçar e me dar apoio nos comentários de cena, não posso descrever a importância disso pra mim. Tenho uma outra prima ainda que recebe flores, com quem eu partilho minha paixão por grey´s anatomy, que em momentos muito importante, momentos em que eu nunca estive mais frágil, ela estava presente pra me acalmar e me abraçar. Tem mais uma apaixonada por fotos, feliz pelo seu segundo lugar, porque ficamos feliz com as conquistas da família, com quem se pode conversas horas e horas ao lado de muito chocolate. Tenho mais dois primos na Uel, que sempre me abraçam e gritam Camilinha...um lê a minha mão e é um maquiador de mão cheia, tem uma doçura que eu ainda não consigo explicar, e acho que nunca vou conseguir, mas o fato de conviver com ele já é o suficiente. O outro torna a minha vida super divertida...com frases como: "Camilinha você nem pense em desistir do curso, porque senão eu vou até Ilha Solteira, caso a Ilha e te trago de volta".
Sempre quis uma família grande e em Londrina eu tenho, em Londrina eu aprendi que eu posso ser frágil, posso viver a minha fragilidade de vez enquando porque eles sempre estão lá pra me acolher, me fazer rir e me proteger...Bom se eu esqueci de alguém foi só aqui e peço desculpas, mas é que essa família cresce rápido demais. E ontem lembrando disso tudo...lembrei de um dos conselhos que eu mais dou e nunca nunca sigo. " Nunca tente prolongar o que já chegou a fim". Estou simplesmente aceitando o fim sabendo que algumas coisas simplesmente não tem como reatar. E que essa grande família, essa sim eu devo cultivar.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ah, tempo! Por que toda essa pirraça?

Sabe eu comecei a questionar se a ideia do tempo é mesmo curar ou nos sacanear, ele nunca passa do jeito que queremos que ele passe, e dificilmente é usado como queremos, fazemos planos, ele muda o curso e nos mostra que não mandamos em nada, planejamos pra ficar com essa sensação idiota de que temos o controle sobre as coisas, doce ilusão. Batemos em teclas travadas, batemos a cabeça em portas fechadas, e pra quê? Tudo acaba sendo do jeito que uma força qualquer quer, ás vezes me pergunto se a realidade seria muito assustadora se tudo acontecesse como eu planejei? Por que no fim, depois de bater a cabeça tantas vezes, quando realmente paramos e sentimos o alívio, sabemos o porquê tudo, pensamos realmente não podia ter acontecido de forma melhor. Mas, o problema é se abandonar a toda essa compreensão, compreensão essa que necessita de tempo, um tempo que quando você quer que ele corra desenfreado, ele simplesmente pára sorri e diz tudo ao seu tempo, isso geralmente acontece quando você quer desesperadamente voltar pra casa, onde o afeto é certo, e é mais fácil chegar o natal do que as férias, ainda não sei bem lidar com toda essa pirraça. Sei que quando eu descubro o motivo dela, tudo ganha novo sabor. Acho que o tempo nos provoca, a continuar, a buscar uma resposta, mesmo que ela não exista, só pelo fato de continuar acho que o aprendizado é contínuo e quando demorado, acho que é o tipo de aprendizado, que não esquecemos nunca, que nos marca e nos muda, retornar ao que era antes, se torna algo impossível, impensável.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O mundo gira...


O mundo gira gira e gira, eu simplesmente, apesar de tudo o que eu vivi e já aprendi, ainda me surpreendo com o rumo das coisas...e com o que eu julgava certo ou errado, simplesmente gira gira gira e gira e eu ainda não sei onde isso vai dar, acho que nenhum erro é em vão e que não foi sem motivo que tudo aconteceu...pois que venha o próximo giro, vou tentar não me sentir tão decepcionada da próxima vez!!!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Buscar sempre...


Eu confesso, matei muitas pessoas dentro de mim, por pura auto defesa. Quero me jogar num precipício sem perguntar o que vai ser depois, mas não sou insana o suficiente, pra me atirar a qualquer história, a vida me ensinou a ser cautelosa as custas de duras cicatrizes, mas não me arrependo de nenhuma...fazem parte de mim. Eu caio, eu fracasso, eu choro, eu sinto e mesmo as cicatrizes mais antigas ainda me doem, foi a base de muitas lágrimas que executei algumas mortes dentro de mim, parte de mim foi embora com elas, outras cresceram apesar delas. O princípio de tudo é o conflito, sem a crise, não criamos e não partimos para um momento de repouso, Hamlet já questionava, melhor sentir as dores na alma, ou empunhar armas e lutar contra essa angústia, a covardia, passa pela nossa vida, a falta de lealdade passa pela nossa vida, mas as pessoas que são a excessão nos marcam eternamente, ainda tenho os momentos que eu vivi com elas na minha carne, na minha essência. Confesso que sou louca, passional, que estranhamente tento seguir minhas emoções guiada pela minha razão, a vida está ai, e eu não quero ser mais uma a passar sonâmbula por ela, eu quero, eu quero muito mais. Eu quero amar apaixonadamente, um companheiro que me complemente, não que me complete, é utopia se buscar em outra pessoa, só nos encontramos em nós mesmos, e as vezes demoramos tempo demais pra descobrir isso. Tudo que você precisa está dentro de você, claro que tudo é melhor com complementos, ai fazemos uma colagem das melhores pessoas que encontramos na vida, as que fazem a diferença. Quero complementar a vida de alguém, fortalecer, mas não uma dependência doentia, mas um companheirismo sereno, uma presença certa, um ombro, um solo quando esse parece não mais existir. Eu quero o palco, a completude sem nome, o êxtase, eu quero o tudo e o nada ao mesmo tempo, tenho pensamentos errados, certos, cansada do politicamente correto, do totalmente moderno, cansada dos rótulos, das embalagens que tentam nos encaixar. Pra que se encaixar se você pode sobressair? Pra se fechar se anestesiar, se você pode sentir? A dor ensina, nos lembra o que importante, o que esquecemos, não dá pra flutuar a vida inteira, primeiro se descobre o solo, pra depois poder voar...descubro meu solo constantemente. Eterna busca, eterna aprendiz. Porque já dizia Barba:" estamos aqui para aprender a aprender". Você tá pronto pro desconhecido, o conhecido então confortável que te impede de dar o próximo passo?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Só o que me interessa é o agora!!!


To sumida do blog, isso é fato...por falta de tempo, falta de inspiração, semanas de frustrações...Porque por mais que corremos, por mais que tentamos saltar, o tempo passa ao seu modo e nos pirraça, nos provoca. Nos mostra que pular fases é bobeira, a gente perde tanto tempo pensando no que foi e em onde chegar, que simplesmente esquecemos onde estamos! O que estamos fazendo? Agora é a hora de se desfazer das roupas apertadas, de não ficar a margem, de me afundar em mim mesma. Viver não é pra qualquer um, na nossa vida dificilmente encontramos uma linearidade, se um lado tá equilibrado, o outro está bambo, pronto pra cair, e a queda nos assusta, essa segurança no futuro, que idealizamos e buscamos. O que eu to fazendo agora? Me construo agora, no momento to atualizando o meu blog, os próximos minutos se constroem nos próximos minutos, é chegada a hora de simplesmente deixar o passado, como uma roupa que não cabe mais, e deixar de idealizar o futuro como aquele vestido lindo!! É chegada a hora de estar presente, no espaço e no tempo de agora. Porque tudo passa depressa, e o agora, é o que interessa. E a efemeridade não é assim tão ruim, de que adianta ser eterno e perder o sabor, o gosto sedutor? Respiro encho os pulmões de vida...as articulações se abrem, articulações que eu nem sentia presente, um novo espaço é criado e um novo corpo recriado, descubro minhas oposições, como na vida meu corpo é feito de oposições, os contrários que se complementam e constroem um movimento por mínimo que ele seja. Agora? Eu não salto, vivo cada passo, cada desequilíbrio, porque onde eu vou chegar? Eu não sei e digo isso sem medo, sei onde eu estou e pra mim é o suficiente, não estou a margem de mim mesma, estou pronta pra me afogar, me afogo nessa minha intensidade, nesse meu desejo sem nome, o destino é o que menos importa, foco a minha atenção na trajetória. Pois, a preposição da vida, não é nem o passado, nem o futuro, mas o agora!!!!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Resignação: ação ativa.


Hoje eu percebi, depois de algumas reflexões numa aula de história do teatro, que chega um ponto da nossa vida, que não tem como entendermos, a gente simplesmente tenta viver e aceitar alguns nãos que passam pela gente. Me sinto num nó trágico, se eu não faço, repito o mesmo erro de 2 meses atrás, se eu faço isso não é nenhuma garantia de que eu vai ficar bem, diante de uma situação assim o que fazer, resolvi dar a cara pra bater, mesmo que pareça idiotice da minha parte, pelo menos depois disso eu posso parar de pensar nos ses e poder seguir em frente, fácil não será, nada é fácil, para alcançar o que queremos, como um herói temos que mostrar que somos merecedores de tal dádiva. Eu to indo atrás das coisas que eu quero de peito aberto, pronta pra cair e levantar, não estou falando que vai ser fácil, nunca é. E se for não damos o mesmo valor. As nossas escolhas determinam o nossa virtude e a nossa trajetória, cada ato depende do outro no fim tudo acaba se interligando, e somos frutos dessa interligação, as coisas que eu me arrependo, hoje eu faço diferente, não voltaria no tempo, e se eu voltasse faria tudo exatamente igual, o que eu posso é continuar a agir no hoje com as coisas que ainda não me agradam. Nada é bom ou ruim tudo é apenas constitutivo, tenho que parar de ver os extremos das coisas, ou presta ou não presta, não existe só o branco e o preto, existe o branco, o preto e todo um arco-íris. E como a arte fala de todas as possibilidades do real, eu tento viver todas as possibilidades do meu real, me jogo de novo como a pouco me joguei, pode doer, mas se eu deixar de fazer, é por não sou mais eu. Por isso to mergulhando de novo no incerto, se for me trazer mais angústia, tudo bem, pelo menos me trará alguma coisa, o que não dá mais é pra ficar suspensa nessa estagnação. Estou indo atrás da minha resignação, e não quer dizer, que eu parei de lutar e estou apenas aceitando, isso significa que existem coisas que são alheias ao nosso controle, e não podem ser entendidas por mais que quase fiquemos loucos de tanto pensar, vou atrás da minha resignação, acho que dela que eu preciso.

domingo, 25 de abril de 2010

Coleciona (dor)


A crise do final de semana dessa semana veio pontacializada, parece que tudo acabou conspirando pra isso. Descobri que eu sei sim o que eu quero. Só tenho medo do que eu quero, porque aparentemente não me parece saudável e nem possível. Sei o que eu quero e pela primeira vez isso não é um alívio. Dói a verdade, o vazio, mas do que eu podia imaginar, triste pensar que levamos tanto tempo para descobrir o que estava na frente do nosso nariz, o que negamos pra ver se muda, se sai da nossa memória, da nossa carne. Tudo tão crú, tão nu que explica-se por si só. É a primeira vez que a verdade não me alivia, acho que prefiro a mentira, mais cômoda dói menos, mas do que nunca eu sei que só o amor não basta não chega nem perto e nunca bastará. Coleciona(dor). É só o que eu sinto agora, a coleção aumentar, e me mudar de um modo que jamais vai ter volta...pra nos reconstruirmos é preciso que venha a destruição primeiro, sinto que estou me destruindoo...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Tranquilidade ou embate???

Sabe o que eu tava pensado? Nos vários motivos que temos pra não ficar com uma pessoa, pra não gostar dela. Porque são muitos. Esse é imaturo, o outro é doido demais, outro é sério demais e a gente sempre descobre muitos motivos pra não ficar, pra não arriscar, pra não beijar.
Até que surge aquela pessoa e por mais que você veja os defeitos, por mais medo que você tenha de confiar não consegue evitar. São aqueles braços que te deixam segura, e aquele cheiro é seu lar, aquela textura, aquela temperatura, e apesar dos defeitos, apesar dos riscos a gente se joga e depois se pergunta, porque? Porque eu mergulhei? Eu ainda pergunto. Fico pensando será que a gente vive a vida pra chegar à um estado de tranquilidade, de segurança? Ou a vida é um embate, e sem o embate não há vida? Sei que eu cresci com as pancadas que eu levei, e ainda levo, sei que a saudade pode corroer o peito, mas nesse embate aprendi a conviver com ela. Acredito que se fugimos desses embates eles voltam, até realmente nós enfrentarmos, quanto de mim e da minha história vai voltar? O que eu realmente evitei? Por segurança? Por medo de sofrer? Por medo de saber a verdade? Por mais que o aprendizado venha com o tombo, as vezes a gente deseja não cair mais, eu quero encarar os embates e vou, mas acho que seria mais fácil se você estivesse aqui...E como eu vi num filme, não vou dizer que eu não posso viver sem você, porque eu posso, só não quero...



segunda-feira, 12 de abril de 2010

Just Believe...


Hoje eu descobri, que a repetição leva a novas experiências, tive a expressão clara da beleza além da imagem, além do exterior. Algumas coisas parecem tão superficiais, quando finalmente nós as enxergamos realmente, é um vislumbre de luz em meio a escuridão. Ouvi hoje que somos autênticos à medida que nos aproximamos daquilo que sonhamos. Escolha um sonho, e como diria o poeta, faça do seu destino as estrelas, mesmo que você não chegue nem a metade do caminho, acredite, apenas acredite, mesmo sendo contrário a tudo, acredite e faça acontecer, vá atrás do que você tem vontade sempre, acho que só assim seremos capaz de suprir a falta sem nome que às vezes toma o nosso peito. Só assim seremos felizes com o que temos, e ser feliz com o que temos não quer dizer deixar de querer! Mas não concentre a sua vida no que você não tem. O que você tem? Onde você está? E como chegou ai? Qual a sua trajetória? Como ela influência sua história e sua vida.? Eu sou feliz com o que tenho e nunca deixo de desejar. Sou feliz com as pessoas que cativei, sou feliz quando eu cuido delas, ou mesmo quando numa conversa franca digo que estou chateada, sou feliz na sagrada descoberta de cada dia, em cada peça montada do meu novo corpo, que sempre esteve aqui, mas eu nem prestava muita atenção. É tanta coisa que por muitas vezes eu me alieno e não presto tanta atenção, na ignorância de dar atenção ao que se foi, quem se prende ao passado, trava diante da oportunidade de dar um passo a frente. Por isso hoje eu sou feliz com o que eu tenho. Com a minha família distante e presente. Com os amigos-família, com as pessoas que eu conheço e admiro, com a vida que se abre e por isso eu estou em construção e o passado está sendo demolido, se ele não pode mais mudar o que eu sou não tenho porque revivê-lo, se ele só trás nostalgia e incertezas, de incerta já basta a vida. Olhando pra frente, porque o meu objetivo é logo ali, eu só preciso insistir...se nunca deixar de observar e sentir...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sem meias realidades...buscando a definição...sem ambiguidade


Sem meias verdades, sem meias realidades...se jogando sobre novas descobertas...e o passado...passa passa passa passa passa passa e fica só uma lembrança doce e confortável, do que fomos e do que poderíamos ter sido...

terça-feira, 30 de março de 2010

Melhor niver, simplesmente porque eu tenho na minha vida as melhores pessoas...


Explicar em palavras como foi o meu primeiro niver fora de casa, que eu tanto temia, quase impossível. Foi muito muito mais do que eu esperava. Seja pela primeira vela queimando a meia noite, simbolicamente representando a minha estrela, que já está brilhando. Seja com um ouro branco depois de uma aula daquelas de expressão corporal, seja com abraços inspiradores, depoimentos emocionantes, scraps carinhosos e telefonemas cheios de saudades, seja com o buquê de rosas vermelhas mais lindo que eu já recebi, me senti a pessoa mais amada do mundo. Seja por um presente estratégico, uma certa almofada de lavanda, que me acalma, foi estratatégico não foi? Pra ver se eu fico mais calma! E como esquecer dos lindos cartões que em poucas palavras me diziam muito mais do que esperava ouvir, e quando eu achei que meu dia teve tudo, amigos recentes e presentes, amigos antigos ausentes mas ainda assim presentes. Eu ganho minha primeira festa de aniversário surpresa de pessoas maravilhosas que eu não conheço nem a um mês, e descubro como a vida se desacortina espetacular sob os meus olhos, a todos que participaram desse meu dia de alguma forma, muito obrigada, amooo vocês, que são o meu conforto, as minhas estrelas reluzentes, que tornam os meus dias felizes e que fazem a minha vida valer a pena!!! Não citei nomes pra não dar briga, mas cada um que fez parte da minha vida ou faz. Sabe que é parte desse post também...

sábado, 27 de março de 2010

Experimentando ciclos...

O grande misto de sensações ainda continua cada vez mais alucinado. No começo da semana a energia é total e a alegria também o tempo todo rodeada de gente, e de coisas pra fazer e cada vez mais e mais e mais conhecimento, me sinto numa enxurrada.
A semana vai acabando, o ritmo diminuindo, as pessoas indo pra sua casa, e eu experimento a minha presença, um pouco mais contida do que quando eu to no meio do pessoal, afinal eu sou louca, mas nem tanto, pra ficar rindo e gritando por ai sozinha.
E as descobertas aqui nunca acabam, tudo parece eternamente novo. A velha saudade de casa se renova a cada semana. Nos novos amigos eu descubro novas coisas. Descubro o meu corpo, o construo, cresço, fisicamente e internamente, aprendo a olhar pra mim. Defino a minha identidade, o que eu quero pra mim, pra minha vida, o que construir. Olho pra dentro de mim e me impressiono com a minha segurança, como o medo que se dissipou, ele ainda está aqui mas não é um obstáculo. Vou me descobrindo, mais solta, mais livre, mais alegre, mais radiante. Tudo intenso, rápido, sem nunca parar. Os questionamentos não param, as descobertas também não, as saudades também não. Tudo concentrado num curto espaço de tempo e nos torna essa explosão de tudo e nada, de alegria, de nostalgia, de incertezas, de segurança. To vivendo essa explosão o ápice da energia e a agradável solidão.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Descobrindo camadas...

Descobrindo as minhas várias camadas, me reconstruindo. Descobrindo que o que achava que sabia, eu não sei. Descobrindo que tenho muito muito muito pra aprender, e eternamente terei. Desanimador? Acho que não! Eu diria no mínimo desafiador. To descobrindo meu lado que se irrita por bobeira, minha faceta que tá afogada na saudade. Saudade de pessoas, de conversas, de momentos, das coisas mais idiotas possíveis,mas que são uma referência da minha concepção de casa. Descubro o meu lado que gostar e quer ficar sozinha, fica em silêncio só com a minha voz interior. Descobrindo pessoas que eu não imaginava. Com as mesmas ideias, com ideias diferentes. Descobrindo o Skype pra me sentir mais perto de casa. Descobrindo meu corpo, como é caminhar com os meus pés e ampliar o espaço que toca o chão, como é sentir a energia espalhada por todo o corpo, e não comprimida como a vida foi deixando-a. Descubro que as teorias do trabalho do ator são eternas perguntas, que fazem a pergunta: qual sentido da vida? Se torna a mais fácil delas. Eu parto, eu fico, eu me irrito, e tenho certeza que em algum momento irrito alguém. Como, durmo, leio, descubro cada recanto esquecido do meu corpo, ou nem ao menos conhecido. Me sinto sozinha no mundo, mas não de um modo ruim, mas um modo que mostra autonomia, que agora eu sei, que eu caminho com as minhas pernas. Acima de tudo eu descobri que eu não sei nada, sobre nada. Essa falsa ideia de controle e de sabedoria, é o que nos faz tropeçar. E por isso eu to desabrochando, me descascando, me desfazendo do que não se encaixa mais, e a cada dia uma nova descoberta, sem nunca querer deixar de descobrir. E eu só sei que quero indagar,indagar e indagar, não quero respostas prontas, quero buscar as minhas.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Primeira vez????

Estranho como diante dessas duas palavras, todo mundo pensa em sexo, se você não pensou, tá mentindo eu tenho certeza. Bom acho que é inevitável, não pensar, com toda as curiosidades e dúvidas que rolam em torno disso, acho que por isso é tão estranho e tão constrangedor. Tem outras primeiras vezes que não damos tanta atenção e que rolam de forma gostosa e espontânea, a primeira vez que conversamos com amigos que realmente mudarão a nossa vida. Foi assim com o Marco, quando na hora da saída ele veio falar comigo como quem não queria nada, e estamos ai há 6 anos, amigos por mais que muitos achem que é outra coisa. Primeiras vezes de coisas bem idiotas que nem prestamos atenção, mas que pode mudar o rumo das nossas vidas. As pessoas na mesma frequência que encontramos pelo nosso caminho, a primeira vez de 5 horas de papo jogado fora, aparentemente com um estranho, que se mostra conhecido, uma liberdade que a gente sente com alguém que não conhecemos e não sabemos nem bem o porquê. Acho que as primeiras vezes sem tanta expectativa e idealização, rola, flui e a gente nem percebe, o bom da vida, é quando é tão prazeroso que a gente nem sente o tempo passar enquanto acontece. Aproveite as primeiras vezes, as segundas, as terceiras e as últimas, cada uma tem um sabor todo especial, e nunca vai deixar de ser incerto, nunca vai ser cem por cento seguro, é só um tiro no escuro, só não tenha medo de atirar...se atire se for preciso...se eu não tentar como eu vou saber?

sábado, 6 de março de 2010

Criando calos...


Ontem depois da apresenteação de uma cena, eu ouvi um cometário, sobre termos que criar calos na vida, pra poder sobreviver, se fossêmos 100% tocáveis não sobreviveríamos, sinto novos calos sendo criados, em mim, sinto a sua formação e posso sentir até o seu formato. Quando o tempo se apresenta ainda dói, e a vontade que essa completude ilusória, se transforme em vazio, nunca desejei tanto esse vazio, talvez se eu não tivesse lembranças boas, fosse mais fácil. Mas não tem transformação fácil, e eu recebo de peito aberto a impressão desse novo calo...Vivendo e sentindo no corpo e o transformando a cada passagem, tudo na vida são transições, e eu curto mais essa....

quinta-feira, 4 de março de 2010

O futuro se desacortina...


O tempo tem passado, tão de pressa...e as coisas mudando de forma assustadoramente boa e surpreendente. E nesse momento eu desarrumo as caixas dentro de mim, e tiro o que está sobrando e estou acrescentando, adereços e brilhos, me sinto no controle, e sei que ainda tenho muito de mim pra conhecer, e essa é minha prioridade, me conhecer, pra depois conhecer alguém. Encontro pessoas no meu caminho, divertidas, contidas, cada uma participa ao seu modo, pessoas que parece que eu conheço a muito tempo...Vou caminhando...voando e a tendência é só melhorar...incerto? Mas eu gosto, um suspense é sempre bom...

terça-feira, 2 de março de 2010

Autores da nossa própria história...


Tem tantas coisas acontecendo, tudo passa por mim depressa, mas tudo o que acontece absolutamente tudo me interessa. O passado faz parte de mim, o presente, se desembrulha de uma maneira espetacular, e nos faz perguntar como eu não sabia que a vida poderia ser tão boa? Com tanta novidade...o resto é a saudade, que aperta no peito quando ela encontra brecha...Por enquanto, é tudo novidade e incerteza, e que continue a incerteza, pois ser surpreendida é maravilhoso, e eu não me canso, o caminho é longo e uma coisa é certa eu tenho muita disposição pra enfretá-lo...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

keep walking...



Hoje eu vi um casal de noivos...no meio do trânsito numa avenida e me fez pensar, em como é assim mesmo nos relacionamentos. Apesar de todos os carros que podem nos atropelar ou nos pegar, apesar de todas as possibilidades de dar errado, nos aventuramos em meio aos carros e sorrimos de frente para o perigo. E por que fazemos isso??Por que realmente vale a pena, e quando se vive de cara com o perigo sem olhar pra trás vivemos verdadeiramente. Sem medo de viver, de sofrer...Simplesmente enfrentar...Sem medo dos carros e das possibilidades de dar medo de errar. Mantenha os pés no chão, confie nas pessoas mas não em qualquer um. E faça do seu destino as estrelas, mesmo que você não chegue nem a metade do caminho. Mire alto, quando fazemos o que os outros fazem chegamos onde todos chegam e quando fazemos o melhor e diferente onde podemos chegar?

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Nas asas do vento...


Hoje eu fiquei na ponta dos pés e tentei espiar o futuro, não vi quase nada. Mas uma coisa eu percebi, cativei pessoas pelo meu caminho e que torcem pra mim de verdade, de coração me desejam sucesso, e tudo que eu puder capturar e alcançar dessa vida. No começo dessa semana bati a cabeça num muro chamado decepção, mas como tudo na minha vida anda numa velocidade louca...eu descobri que por mais que isso possa acontecer. Eu não vou deixar de me arriscar, me jogar e esperar criar asas e voar. Amanhã eu começo a voar. O Futuro, agora é presente. E as lágrimas são de saudades , de tudo o que já vivi e do que eu ainda vou viver. Descobri que nunca perdemos nada, ganhamos, ganhamos oportunidades, ganhamos recomeço, ganhamos amigos e ganhamos conhecimento. E se você não quer voar comigo? Simplesmente não merece esse prazer. As pessoas que importam estão sempre perto, essa é uma certeza que eu sempre levo. E as minhas estrelas espalhadas por ai, eu quero que espalhem sorrisos, como minhas substitutas. Porque cada estrela que eu espalhei está no meu céu, ou já esteve, em algum momento foi um lampejo de felicidade, alegria e conforto. E agora eu me jogo nas asas do vento...pra onde? Não importa, eu ainda vou ser eu, e as pessoas que eu amo, ainda estarão comigo, as que me amam de verdade, isso eu tenho certeza, e isso me dá força, e é por isso que eu confio, confio em pessoas melhores, em pessoas que se importam, eu confio no futuro, confio no incerto e confio no meu mundo que eu guardo dentro de mim, e tento refletir ele sempre que posso. E a graça da vida, não é as pessoas perguntarem porque você chora, mas sim perguntarem, por que você ainda sorri?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Extensões da alma...


Amigos...ainda tento definir, esses seres que aparecem na nossa vida aparentemente por acaso. São eles, que nós fazem rir, que estão com a gente quando inesperadamente abre um royal street flush na mesa, ou quando vamos pra praia pra ficar falando bobeira ou fazendo guerra de gelo, são os que viram a noite na sala 24 horas estudando, ou ir pescar brincar com as minhocas e seguir por uma trilha que só tem mosquito, ou descer pra praia de bicicleta, fazer uma churrasqueira de pedra durante a semana, ou ainda voltar de madrugada de um rancho, com um doido contando piada e outros doidos cantando. Esses loucos que fizeram parte da minha vida, estavam lá nos momentos bons e ruins, amo todos eles e confio neles e os defendo sempre sempre. Platão acreditava que a nossa alma era muito ampla pra caber num só corpo...então meus amigos são extensões da minha alma, que completam minha personalidade e ampliam minhas opiniões, não importa se eles me chamam de tampinha, bichinho de estimação, animalzinho, little japa, amo eles e sempre vou ter saudades dos momentos mais loucos, dos papos de madrugada sobre a vida em frente a minha casa, o pátio da escola, quando um observador e tanto falou, pardal não anda ele pinga, foram tantas coisas vividas, e tem cada besteira que ainda lembro, e por mais que eu me esforce, não lembro todo o repertório das piadas repetitivas e idiotas do Mohamed, que fazem muita falta. Viveria tudo de novo, chamaria o Hugo,Juca e o Raul muitas e muitas vezes se vocês estivessem presentes. Agradeço aos meus anjos da guarda doidos, que andam na corda bamba e sorriem pro mundo e me ajudam a sorrir. Nossa e como eu pude esquecer das rodadas de sinuca, e como eu ainda sou péssima, sou a única que perde duas vezes com uma mesma ficha. Agradeço a simples existência de todos vocês...amigos virtuais, amigos reais, amigos doidos, amigos distantes, amigos professores, só tenho a agradecer, amo vocês...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Contagem regressiva


3 dias e o tempo passa, escorre pelas mãos, eu vou sem pressa, sem esperar o que não espera por mim, sem sofrer pelo o que não pode sofrer por mim...Caindoo de peito aberto no incerto. Simplesmente feliz...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Será?????????????????

Li uma vez que a angústia da dúvida é uma das piores coisas pra um ser humano, eu concordo, prefiro a certeza do não ou do sim, do que ficar flutuando sobre o será. Prefiro decidir sozinha, se acabou, eu levanto, to pronta pro próximo tombo, senão eu continuo, confio, me jogo torcendo para que dê certo. Mas e quando não depende só da gente? E ficamos naquele suspense, naquela balanço perigoso entre a tristeza e a felicidade. Acho que é mais ou menos quando forma aquele tempo de chuva, mas continua aquele calor abafado e aquela angústia sem saber em qual esquina a chuva vai te pegar. Não saber, esse é o fator que mais enlouquece as pessoas, não ter o controle de tudo, mas só saber o básico pra nos dar segurança. Mas acho que é exigir muito da vida, na vida a gente sempre flutua entre o sim e o não, passado, futuro e presente, e por mais que a gente queira a nossa mente não nunca pára, pensando nas possibilidades, do que pode ser ou acontecer. E impacientemente procuramos a solução, é tão difícil ter paciência e esperar que o tempo responda, isso é o mais sábio, mas o ser humano tá mais pra teimoso sem razão do que sábio paciente, pelo menos eu faço parte do primeiro grupo. Então como o Renato Russo eu pergunto : " Será só imaginação? Será que nada vai acontecer? Será que é tudo isso em vão? Será que vamos conseguir vencer?". Será que eu sou uma sábia paciente? Duvido muito, só espero que o tempo não consuma minha razão, e nem aumente minha dose de loucura ou descrença. Por enquanto é tudo um grande será, mas quando vier a certeza eu sei que vou saber enfrentar...Sempre em frente, enfrente sempre!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Cenas do meu filme...


Tem tanta coisa que acontece na vida da gente. Que às vezes a mudança é tão lenta e progressiva que só reparamos quando ela realmente está concluída, é um longo caminho e o aprendizado nunca acaba, isso é bom, seria monótono não ter mais nada pra se surpreender. Uma vez um amigo me disse que quando se é jovem parece que tudo é o final do mundo, uma briga com a mãe, um término, que pode ser na verdade um recomeço. Se eu tivesse que arriscar diria que parece o fim do mundo porque são coisas que experimentamos pela primeira vez com uma intensidade que não estamos preparados que até então nem sabíamos que existia. Às vezes me pego pensando em tudo que foi até eu chegar até aqui, em tudo que eu aprendi e ainda me surpreendo com as pessoas maravilhosas que eu conheci. Primeiro meu mundo desabou quando tive que sair da cidade que era o meu mundo, tudo que eu conhecia. Pra um mundo desconhecido, pra uma outra realidade, bambeei e com dificuldades me equilibrei, foi ai que eu descobri que precisava me expressar e com isso vieram os piercings e as tattoos, tão mal vistos por tanta gente, mas que fazem parte de mim e acho que estamos bem longe dos tempos em isso era coisa de pirata, maloqueiro e drogado, pra mim é só algo meu que eu vou levar pra sempre com o maior carinho, minha identidade. Me equilibrei e conheci pessoas que foram essenciais pra formação da minha personalidade, três amigos que por muito tempo foram tudo na minha vida, meu chão, meu céu, minha diversão. Mas como faz parte da vida, meu mundo desabou novamente, pra me mostrar que eu tinha que ampliar, somar, multiplicar, aprendi a fazer mais amizades, sem medo e sem me fechar só aos antigos amigos, nem preciso falar como a vida foi generosa comigo, as pessoas que eu encontrei no meu caminho, me cativaram, me inspiraram, acreditaram em mim, me colocaram pra cima, me colocaram na real e voltei a caminhar de novo. Pessoas que me fizeram sorrir, quando o que eu mais queria era desabar, fizeram parte da minha vida, quando eu tive que deixar parte dela de lado, pro bem da minha saúde mental e emocional, sabe o que é mais difícil do que se afastar das pessoas??? É se afastar de pessoas que você ama, mas descobre que não te fazem bem. É difícil dar prioridade pra nós mesmos. Difícil acabar com o motivo da sua dor, se ela te dá uma ponta de prazer. E assim eu descobri amigos que me ajudaram, mas como muitas coisas na vida passaram, ainda tenho eles comigo, mas a distância, e isso também foi um teste duro. Foi quando apareceu o teatro e eu descobri de verdade o que eu queria fazer e como eu queria ser, quem eu queria ser. Comecei a ver que só você pode acabar com a sua dor, só você melhora o que não está bom. Que você pode ver os obstáculos como impedimentos ou como um desafio a ser superado, não há situação que não tenha o seu lado bom, algumas situações exigem que você vasculhe e procure bastante esse lado, mas a perseverança o revela. E agora? Me sinto uma pessoa melhor, sem tanto medo de cair e sabendo curtir a presença de quem me é raro, fazendo as pessoas que eu gosto felizes, porque consequentemente fico feliz também. E o meu momento? Uma frase da Clarice Lispector o define muito bem : " Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito". E ainda como diz a música de Rita Lee " Desenhos que a vida vai fazendo, desbotam alguns, uns ficam iguais, entre corações que tenho tatuados, de você me lembro mais". Por mais que isso me incomode é em você que eu penso mais...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Fé...não é religião.


Tem uma frase que eu gosto muito, que diz que fé é toda a certeza que dispensa provas. Eu fico meio triste de ver como essa palavra perdeu o significado atualmente, as pessoas não sabem o que é fé. Tem gente que a associa diretamente a religião, tem pessoas que só vêem os extremos fanatismo ou descrença. Preto ou branco. Mas existe o preto, o branco e todo o resto. Fé não é só em Deus, é em você em coisas melhores. Mas hoje fé é religião e solidão é bicho papão. Não digo ficar sozinho a vida inteira, mas se nem você quer curtir a sua própria compania de vezes enquando, quem vai querer? Eu acho que fé é bem diferente de religião. Eu por exemplo não tenho religião, mas tenho fé, em Deus, um amigo poderoso que te ouve e te atende quando você sabe pedir. Fé na família, fé em meus sonhos, fé nos meus amigos, fé nas minhas metas. E solidão é aprender curtir o prazer de estar com você mesmo e de se conhecer melhor. Acho que melhoramos a cada dia, mas se não tivessemos tanto medo do desconhecido, acho que seríamos muito melhores.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O que fazer?


Certa vez eu vi uma personagem num filme dizer algo mais ou menos assim : Saber o que? Se ainda te amo, com toda certeza, não há uma só dúvida em minha mente, como toda a minha raiva e o meu ego, eu sempre fui fiel ao meu amor por você, e se eu fiz com que você duvidasse disso, foi mais um erro de uma vida cheia de erros, eu posso dizer que te amo quantas vezes você aguentar ouvir, mas a única coisa, que isso vai fazer é nós lembrar, que só o amor não basta, não chega nem perto. Adorei a fala da personagem e o filme, que ainda hoje é um dos meus preferidos, mas confesso que na época eu não consegui entender o porquê que só o amor não bastava e não chegava nem perto. Acho que hoje eu começo a entender o que ele quis dizer. Quando a gente é criança, costuma achar que os adultos complicam as coisas, mas eu acho que é a vida que fica complicada. Difícil, encontrar alguém que você goste e que com muita sorte goste de você de volta. Só o amor não basta, não chega nem perto, porque pra estar junto precisamos de uma dose de tolerância, por vezes esquecer o orgulho e ter coragem de ajeitar as coisas, talvez conversar abertamente sobre o que sentimos seja o mais difícil, não sei você, mas eu me sinto vulnerável quando faço isso, como se eu tivesse oferecendo meu coração e não tivesse mais o controle do que ira acontecer com ele. Estar com alguém é ceder quando é preciso, difícil é a pessoa ceder por você também. O equilíbrio talvez seja o essencial. Acho que é por isso que nos emocionamos com histórias de amor, são tantas as coisas que podem dar errado, e tão pequena a probabilidade de dar certo, que uma que seja que dê , que os dois estejam na mesma sintonia e na mesma proporção, é um vislumbre e um brilho que todos nós acreditamos. Por isso a vida é complicada. Amar é fácil. Encontrar alguém que te ame, te assuma, se preocupe, ceda, te apoie, isso é o difícil e talvez seja isso que complique a vida, nem sempre a gente ama quem nos faz bem, ou quem nos proporcione tudo isso. Então o que fazer com esse amor que sobra e transborda? E mesmo transbordando não nos sentimos completa. Acho que nós não complicamos a vida, é ela que nos complica. Mas como diria Madre Tereza de Calcutá: " Eu sei que Deus não me daria um problema que eu não pudesse administrar, mas eu só gostaria que ele não confiasse tanto em mim".

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Carência atual



Vi uma vez em um filme, que sentimos tanta falta de contato, que colidimos uns nos outros pra sentir alguma coisa. Sinto que a nossa geração é mais carente do que aparenta. Vivemos na era do curtir e beijar na boca, sem compromisso, todos pregam isso como a maior maravilha, as pessoas tem mais dificuldade pra se apegar, por medo de sofrer, se fecham e curtem a vida, mas se tornam vazias. Ou pior ainda, tem gente que arranja um namorado pra mostrar pras amigas, ou nos apegamos a qualquer um com medo da solidão, com baixa auto-estima, aceitamos muitas coisas, e ainda chamamos isso de relacionamento, vivemos numa geração que evita o contato e acha que ganha alguma coisa com isso. Tem certas coisas, certos aprendizados que só vem com a proximidade, e as pessoas evitam isso por medo, medo de confiar, me de se apegar, medo de sofrer. Mas alguém já viu? Amor sem preocupação? Amor sem apego? Amor sem um pouquinho de dor que seja. Ainda lembro de ter visto em algum lugar que na vida tudo vem aos pares, homem e mulher, doce e salgado, já viu prazer sem dor? Aprendizado sem obstáculo? Talvez se nos entregássemos mais, viveriamos melhor, aprenderiamos mais, e talvez nem sofressemos tanto assim, o medo tem a mania de tornar o monstros da cabeça maiores do que são na realidade. Enfrentar isso e manter bem perto e sem medo as pessoas que você quer que faça parte do seu caminho. Não porque precisamos de contato, que vamos aceitar qualquer um. Vamos sim ter por perto, pessoas que compartilham os memos ideiais, ou mesmo ideiais diferentes, somar é uma coisa muito boa, mas que essas pessoas pelo menos tenham os mesmos valores que a gente. Manter perto quem você quer por perto.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Confiança, o melhor presente


Confiar e se entregar de olhos fechados e peito aberto, esse eu quero que seja o meu lema, posso ser chamada de sonhadora ou alienada, não me importo, como um amigo meu mesmo diz : a realidade começa com o sonho. E por isso não me canso de sonhar, e independente do que acontecer não deixarei de sonhar. Quem confia, quem se importa com as pessoas ganha, por mais que tenham alguns desinformados que achem que isso é bobagem. Mas só quem se envolve, sente, vive, cresce, aprende. Por isso mantenho perto de mim quem eu confio e quem me é raro, o simples fato de poder contar com todas essas pessoas é um presente, por isso que eu confio, e me entrego. E se eu cair? Aproveitei a aventura da descida, o cabelo contra o vento e o sabor da liberdade...Só quem se entrega, vive verdadeiramente. Confiar, em Deus, uma força maior, que mantém meu eixo, meus trilhos. Confiar na família, meu porto seguro, meus ídolos, minha vida. Confiar, simplesmente confiar, nas pessoas que eu julgar merecedoras de tal presente...cativar tudo ao meu redor, porque eu confio nas pessoas e no mundo, sou uma sonhadora. Porque como diz a música: "pra que manter os pés no chão, se todo mundo quer voar?".

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Insistir ou desistir...


Hoje através de alguns amigos, relembrei dos momentos difíceis que eu já tive, de como é, olhar pra lista e não encontrar o seu nome, o desânimo de começar do zero, de novo e sem ganhar nada com isso, nenhuma motivação a mais. Só a ideia de continuar, e as vezes a gente se pergunta: será mesmo que isso vai dar em algum lugar? Com tudo isso eu aprendi, que a vida é feita de momentos, eu posso me entregar ou insistir. Insistir numa ideia que só eu acredito, eu e alguns poucos companheiros que estão ao seu lado pra dizer bola pra frente, sem parar, porque você tem um destino pra chegar. Aqueles que te dão um abraço forte quando sabem que o desânimo está prestes a te consumir, isso não tem preço,é nessas horas que reconhecemos quem acredita em nós, mas acima de tudo, temos que acreditar em nós mesmos, que somos capazes, de qualquer coisa, que podemos fazer o que queremos. Agora é uma hora de decisão, insistir ou desistir? Posso garantir que insistir não é fácil, mas as vezes a recompensa do difícil, é mais prazerosa, mas enriquecedora, o seu caminho tá lá esperando por você, o que fazer? Continuar...Porque não importa o que aconteceu hoje, amanhã o dia vai nascer de novo e tudo vai recomeçar...o amanhã está se desacortinando e é todo seu...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Palavras palavras??

Talvez as palavras sejam super estimadas. Já percebeu como sabemos que temos uma ligação com alguém, quando o silêncio não é desconfortável? Como se só a presença ao seu lado e a sensibilidade de cada detalhe, fosse o suficiente, de um modo que as palavras não são capazes de preencher. Seja com um amante ou um amigo, nada mais completo do que um silêncio confortável, como se as palavras fossem tirar a atenção dos pequenos detalhes que dizem muito mais...E há quem ache que o silêncio é a falta, dependendo dos olhos que vêem pode ser simplesmente a completude do vazio que nos preenche.

Suspensa no suspense

Incrível como tantos anos da nossa vida, cabem em poucas caixas. Tudo passa tão rápido pela gente...as vezes algumas datas são apenas flashes no meio dessa corrida alucinada. Vou colocando tudo dentro de caixas, dentro delas estão também os meus anseios, minhas esperanças. Sinto o frio na barriga de todo recomeço, um medo que deixa tudo mais excitante. Me jogo nas asas do futuro, pro que tiver que acontecer...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ir e ficar

Não sei se é só comigo, mas eu tenho experimentado um milk shake de emoções, algumas misturas que eu nem achava possível, como se as coisas que eu mais amo, estivessem em caminhos opostos, e eu tenho que me dividir entre eles. Isso tudo começou quando fui aprovada no vestibular 2010 da Uel, felicidade? Saudade? Medo? Incerteza? Realização? O que sentir? Ainda não sei, me sinto ainda meio suspensa, como se ainda não fosse real. Como vai ser? O que eu vou gostar? Do que eu vou sentir falta? Perguntas que eu não tenho resposta, mas eu não canso de perguntar, como se eu quisesse prever o que eu não posso. E vou ficando nesse suspense, enquanto as aulas não começam, enquanto o novo não se apresenta, presa nessa saudade precoce, do que ainda não é, do que a muito tempo é. Atrás de um futuro incerto, porém promissor...